Sent at 2017-06-14 | Culture
De 22 de junho a 23 de julho estará patente ao público, no Museu Vivo do Franciscanismo, a exposição fotográfica «Memórias Conventuais Franciscanas nos Açores do Século XXI», uma organização da Câmara da Ribeira Grande e do Centro de História d’Aquém e Além-Mar da Universidade dos Açores.
Realizada no espaço geográfico do arquipélago dos Açores, a mostra reúne um conjunto de fotografias originais captadas por vários fotógrafos amadores e profissionais que percorreram o arquipélago em busca do legado da Ordem dos Frades Menores (OFM) nestas ilhas, contribuindo assim para um melhor conhecimento sobre a herança Franciscana, particularmente no período que compreende os séculos XV a XIX.
Nos Açores, a dinâmica religiosa foi fundamental na construção de espaços, instituições, hábitos, afetos e devoções. No conjunto de influências católicas a presença de Ordens Religiosas, nomeadamente a OFM, foi registada desde os primórdios do povoamento insular e acompanhou as aventuras e desventuras dos primeiros núcleos de povoadores.
Ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII os frades menores edificaram dezoito conventos franciscanos dispersos por todas as ilhas do arquipélago, com exceção da do Corvo.
Perante a extinção das Ordens Religiosas masculinas, em 1834, e o correlativo processo de nacionalização dos seus bens, o património conventual foi sendo alvo de reutilizações diversas pelas tutelas seculares.
No caso concreto açoriano, os conventos masculinos foram adaptados a serviços públicos de diversa índole ao longo dos séculos XIX e XX, sem nunca ter havido, na generalidade, a intenção de registar historicamente o legado franciscano que definia os múltiplos espaços entretanto laicizados.