Sent at 2015-09-09 | Culture
Cerca de uma centena de pessoas marcou presença na missa em honra de Nossa Senhora da Guadalupe, padroeira dos agricultores, celebrada na noite de terça-feira, 8 de setembro, no Museu Vivo do Franciscanismo, a que se seguiu um pequeno beberete com produtos da terra.
A noite foi de convívio e ao longo da mesma foram recordados os dados históricos que referem que no último quartel do século XVI, ano de 1563, a Ribeira Grande foi devastada pelas erupções vulcânicas do Pico do Sapateiro e do Pico das Berlengas, junto da Lagoa do Fogo.
Nesta erupção, que foi a maior de todas depois do povoamento, foram grandes os prejuízos materiais e durante quatro décadas, sofrendo as inclemências do tempo e da pobreza, os ribeiragrandenses refizeram e repararam toda a vila.
Depois, numa perspetiva de apreço aos valores espirituais, em detrimento dos aspetos materiais, o casal Gonçalo Álvares Batateiro, simples hortelã, e a sua mulher, Inês Pires, proprietários de uma horta, resolvem edificar uma ermida de invocação a Nossa Senhora da Guadalupe. O modesto templo serviria para o culto da vizinhança havendo missa aos domingos e dias santificados.
Em poucos anos e por vontade da viúva de Gonçalo Álvares Batateiro e do próprio povo da Ribeira Grande, surge a intenção de erigir um convento de franciscanos.
Neste sentido, no dia 30 de abril de 1612, é colocada pelos habitantes da Ribeira Grande a primeira pedra do que viria a ser o convento de Nossa Senhora da Guadalupe. A igreja foi inaugurada com missa cantada no dia 10 de fevereiro de 1613.